Professores de Sinimbu participam de encontro LEEI em Herveiras


Publicado 23/05/2025 00:00
Gabinete do Prefeito,Secretaria de Educação, Cultura e Turismo
Aline Haag
Professores de Sinimbu participam de encontro LEEI em Herveiras


Observação, Documentação, Planejamento e Avaliação foram as temáticas do 7º Encontro de Formação Pedagógica de Professores e Assessoria Pedagógica – LEEI - Leitura e Escrita na Educação Infantil, etapa pré-escola, ocorrido durante o dia de ontem, quinta-feira, 22 de maio, coordenado pela formadora, professora Isabel Oliveira Borges, apoiada pelas articuladoras RENALFA dos municípios de Sinimbu, Daiane Inês Rech e de Herveiras, Roberta Ferreira, bem como as coordenadoras municipais do Programa Alfabetiza Tchê, Fátima Wink Bohnen, de Sinimbu e Andreia Justimann Martin, de Herveiras.

A Secretária Municipal de Educação de Herveiras, Juliara da Graça Lemos e sua equipe, acolheram, de forma bastante calorosa, os participantes do Encontro, na sala de reuniões situada junto ao prédio da Prefeitura Municipal de Herveiras, evidenciando a parceria entre Sinimbu e Herveiras nessa formação, desde junho de 2024.

Na programação do encontro, a formadora Isabel iniciou a sua intervenção com a cativante narrativa: “O menino que colecionava lugares”, de Janer Jader, uma história literária que enfatiza a importância de valorizar os lugares e as relações que  constituem o ser, abordando temas como memória, pertencimento e a busca por formas de guardar e eternizar as experiências e memórias associadas a esses espaços. E para eternizar este momento cada professora resgatou e registrou uma memória significativa dos encontros do LEEI, ou seja, uma experiência de aprendizagem que marcou seu percurso, a ser colecionada no “pote pedagógico”, o qual acompanha cada participante desde o início da jornada.

Posteriormente ocorreu um momento de explanação teórica da formadora acerca da temática do dia - Observar, documentar, planejar e avaliar numa perspectiva de reflexão sistemática, ações que acompanham o professor na sua prática pedagógica, num processo de formação contínua.

Isabel falou da postura reflexiva do docente sobre a sua prática diária, dado que o professor aprende com a experiência, qualificando sua vida profissional. “Não se trata de seguir uma receita ou um modelo, é um exercício de bom senso, que procura nas marcas das interações cotidianas as pistas para uma prática pedagógica qualificada.”

A formadora também reforçou conceitos trazidos no percurso formativo, a partir das palavras chave, como conhecer o que as crianças fazem, sabem, gostam (ou não), procuram e inventam,  requisitos para que se possa – com condições concretas – pensar, formular, alterar e ajustar o currículo, rever atividades e projetos, reorganizar o espaço e redimensionar o tempo, no planejamento diário e para orientar as práticas, propiciar interações e delinear os modos de gestão de sala de aula.

Outra abordagem foi detalhar sobre documentação pedagógica, de que se trata, como essa estratégia pode ajudar o professor na sua prática pedagógica, quais recursos se tem para produzir uma documentação pedagógica? Hoje vista como uma “escuta visível”, através do registro, o professor vai construindo traços que revelam e testemunham a trajetória de aprendizagem das crianças, seja individual, seja no grupo. Além disso, a documentação permite aos professores, e também às crianças, a leitura, a revisitação desse processo de aprender. “É um movimento dinâmico, ao mesmo tempo que acompanha o processo de construção do conhecimento, também o fecunda. É uma narrativa interpretativa das dúvidas, escolhas, descobertas das crianças,” enfatizou Isabel.

E sob essa ótica, Isabel ressaltou a maneira de como a documentação pedagógica abre espaço para o processo reflexivo do professor no trabalho cotidiano com as crianças, sendo a base para o planejamento.

Diante dessa explanação, Isabel detalhou algumas ações fundamentais a serem seguidas no cotidiano da Educação Infantil, como: ver e ouvir as crianças – considerando que em todo e qualquer lugar em que a criança esteja haverá o exercício de descoberta do mundo das pequenas coisas nas quais as crianças estão interessadas. “A escuta é uma postura fundamental para dar visibilidade às crianças e às suas manifestações. Ao nos colocarmos numa posição de escuta damos às crianças a possibilidade de se colocarem de modo criativo na realidade. E vamos exercitando também nossa atuação de escuta dos adultos, seja os pais ou outros responsáveis, seja os professores e demais profissionais das creches, pré-escolas ou escolas”, declara a formadora Isabel.

Já na parte da tarde, fez-se um estudo aprofundado sobre avaliação na Educação Infantil, a partir de alguns pressupostos teóricos, dada a importância da constante observação docente diante das crianças: atenta, curiosa e investigativa, evidenciando os modos delas de aprender, agir, brincar, expressar-se de maneira particular, própria, única.

“Avaliar se relaciona a querer conhecer melhor cada criança. Nessa perspectiva, a avaliação se articula à ética, ao zelo, ao respeito e à atenção especial para com as crianças e seu bem-estar. O sentido da avaliação no contexto da Educação Infantil é a investigação, e não o julgamento”, ressaltou Isabel diante das explicações realizadas. E foi oportunizado um momento de partilha de pareceres e relatórios avaliativos utilizados pelos professores atualmente, e realizado um contraponto com a fundamentação teórica da formação, na intenção de aperfeiçoar e tornar ainda mais completo os documentos emitidos pelos professores às famílias, por meio de pareceres e relatórios, semestralmente.

Para ampliar a discussão relativa à documentação a assessora pedagógica da EMEI Criança Feliz fez uma apresentação de documentos utilizados na Escola, com o propósito de compartilhar da prática já realizada e também aprimorar o material já elaborado.

Também se reservou um tempo para professores esclarecerem dúvidas, acerca do planejamento de uma proposta motivada a partir do tema Educação étnico-racial e Indígena que vem sendo aplicado e registrado, devendo ser apresentado no Seminário do LEEI, previsto para junho.

E para fechar o encontro cada participante foi agraciado com um caderno, cuja finalidade é ser aproveitado para registros importantes sobre situações e intervenções com as crianças, cada professor construir seu repertório de informações que darão maior consistência e evidência a tudo o que envolve a rotina da pré-escola, subsídios estes que potencializarão a elaboração de pareceres e relatórios expedidos, finaliza a equipe pedagógica da SMECT, de Sinimbu.

Professores de Sinimbu participam de encontro LEEI em Herveiras