Smect promove Encontro Pedagógico com professores alfabetizadores

Sinimbu está entre os 497 municípios gaúchos engajados no Programa Estadual de Apoio à Alfabetização (PARC), batizado de Alfabetiza Tchê, tendo como principal propósito a alfabetização de todas as crianças do Rio Grande do Sul na idade certa, uma parceria com a Undime e Famurs.

Na manhã dessa última quarta-feira, dia 02 de abril, o auditório da EMEF Nossa Senhora da Glória estava lindo, foi decorado e organizado para receber todos os educadores atuantes no ciclo de alfabetização, no 1º e 2º Anos do Ensino Fundamental e assessoria pedagógica da rede municipal de ensino, planejado pela equipe de coordenação pedagógica da Secretaria de Educação, Cultura e Turismo, Anita Ana Weigel Brandenburg, Daiane Ines Rech e Fátima Wink Bohnen.

O secretário de Educação, Flávio Miguel Henn, presente na acolhida do encontro, frisou a importância do professor nesta etapa de ensino. Ao citar o renomado educador Rubem Alves, Flávio evidenciou aos alfabetizadores o quanto nutrem de um amor genuíno seus alunos, compreendendo suas necessidades e potencialidades individuais. “Este amor se manifesta na dedicação, na paciência, na escuta atenta, no respeito às diferenças, na busca constante por despertar a paixão pelo conhecimento, envolvendo a construção de vínculos e a criação de um ambiente propício ao desenvolvimento da criança, capaz de transformar vidas, ou seja, alfabetizá-la, ao garantir-lhe as habilidades básicas para prosperarem na aprendizagem.”

Inicialmente foi apresentada a real situação do município, em percentuais já atingidos quanto ao número de crianças alfabetizadas, ao final do 2º Ano do Ensino Fundamental e demonstrada a meta a ser alcançada em 2025, que é de 72,9%, estabelecida a nível nacional pelo Compromisso da Criança Alfabetizada.

Posteriormente, os professores foram instrumentalizados para aplicação do teste de fluência leitora no 2º Ano, a ocorrer no período de 08 a 11 de abril, na próxima semana, tendo como objetivos: aferir o desempenho dos estudantes no processo de aprendizagem do código alfabético da Língua Portuguesa, aspecto fundamental à alfabetização, e o desenvolvimento da compreensão de textos escritos; verificar  a fluidez, a  entonação, o ritmo e  a precisão com que as crianças leem, bem como sua compreensão ao que foi lido; identificar, com base nos resultados, o nível de fluência em que cada estudante se encontra, de modo que sejam desenvolvidas ações que consolidem seu processo de alfabetização.

Os educadores puderam analisar dados obtidos no teste de fluência leitora, com base nos resultados por escola, considerando todas as aplicações desse instrumento avaliativo, desde 2022. Inclusive a professora Marília Morais da Silva, da EMEF Carlos Boettcher Filho, de Rio Pequeno, conversou e partilhou de suas estratégias de alfabetização, dado o positivo resultado alcançado pelos seus alunos na leitura, em 2024. “Atribuo este índice tão desejado ao fundamental planejamento das aulas, sempre priorizando diferentes formas, recursos, materiais para todas as crianças avançarem e, sem dúvida, ao apoio recebido por parte das famílias, que são essenciais no aprendizado das crianças, os resultados demonstram que a família faz sim a diferença no rendimento escolar.” Outro fator que muito contribuiu para o ótimo resultado na avaliação da turma do 2º foi o trabalho desenvolvido pela professora alfabetizadora quando estavam no 1º ano em 2023.

Também, durante o mês de março de 2025, aconteceu a aplicação da avaliação diagnóstica, de Leitura (Língua Portuguesa) e Matemática, ciclo I, do CNCA – Compromisso nacional da Criança Alfabetizada, uma avaliação externa, aplicada pelo professor da turma, voltada a auxiliar na implementação de estratégias educacionais efetivas, já que os resultados obtidos norteiam o trabalho para as lacunas apresentadas pelos estudantes. Os resultados dessa avaliação de monitoramento foram pauta de ampla discussão entre professores, assessoria e coordenação da SMECT, uma vez que se tem mensurado no momento, estudantes por nível de aprendizado, ou seja, quais estão em defasagem, em nível intermediário e quais encontram-se no nível adequado ao ano escolar.

Considerando tais evidências, cada professor do ciclo de alfabetização estará elaborando o seu Plano de Ação, no decorrer desse mês com metas estabelecidas, estratégias definidas, a partir das habilidades essenciais a serem consolidadas na turma, na qual cada realidade escolar unirá esforços para o êxito do plano pedagógico elaborado.

Além disso,  Secretaria de Educação do RS, em conjunto com a Federação das Associações de Municípios do RS (FAMURS) e União Nacional dos Dirigentes Municipais do RS (UNDIME-RS), disponibilizará, de forma impressa, para as escolas da rede pública do território gaúcho, o Material Didático Complementar (MDC) de 2025 do Programa Estadual de Apoio à Alfabetização - Alfabetiza Tchê, destinado gratuitamente aos professores e estudantes da rede municipal, o qual apresenta diversas possibilidades de temas e atividades a serem realizadas ao longo de cada ano, consolidando-se como uma ferramenta complementar às ações pedagógicas para as turmas de 1º e 2º ano do Ensino Fundamental.

Intitulado Trilhas da Leitura e da Escrita, o material composto por dois volumes tanto para professores(as) como para estudantes propõe atividades a partir das habilidades definidas no Referencial Curricular Gaúcho (RCG), cartazes para exposição em sala de aula que abordam textos apresentados em cada uma das Unidades trabalhadas, bem como o Trilhas de Leituras, uma coletânea de textos literários escritos e ilustrados por autores gaúchos. 

O MDC é um material de alta qualidade, um excelente suporte na alfabetização, que muito colabora no desenvolvimento das habilidades leitoras e o gosto pela leitura das crianças. “Já recebido nas Escolas municipais em 2024, este ano estaremos intensificando ainda mais o uso desse recurso, fortalecendo vínculos com a rede de apoio e proteção às crianças e acompanhando o trabalho pedagógico nas Escolas para a obtenção de resultados ainda melhores na alfabetização. Diante da meta estabelecida os professores tem em suas mãos um grande compromisso na alfabetização das nossas crianças de 1º e 2º ano, porém a família precisa ser parceira e auxiliar nesta tarefa diária”, frisa a coordenação pedagógica da SMECT.