Professores de 2° Ano e assessoria pedagógica de Sinimbu iniciam formação no Alfabetiza Tchê


Publicado 18/04/2024 00:00
Gabinete do Prefeito,Secretaria de Educação, Cultura e Turismo
Aline Haag


Com a meta de que todas as crianças estejam alfabetizadas no final do 2º ano, do Programa Estadual de Apoio à Alfabetização, batizado de Alfabetiza Tchê, a Secretaria de Educação, Cultura e Turismo deu início à formação pedagógica na manhã de ontem, 17 de abril, na  Câmara de Vereadores, reunindo professores de 2° Ano e assessoria pedagógica para analisarem os resultados das Avaliações de Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul (SAERS), do Compromisso Nacional da Criança Alfabetizada e da avaliação de fluência em leitura, de estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental, capacitar educadores para as próximas aplicações de testes de fluência e planejamento de  ações contínuas para atingir o propósito desse Programa.

Acolhidos pela Secretaria de Educação, Cultura e Turismo, Anita Ana Weigel Brandenburg, a partir da música " Somos", de Alok e Melim, educadores foram envolvidos à reflexão sobre o reconhecimento da beleza existente em cada ser humano e o quanto isso pode transformar, as pessoas, o espaço, aludindo à intenção do Alfabetiza Tchê, como mais uma estratégia e compromisso a fim de garantir um ciclo da alfabetização pleno e consolidado para as crianças. E salientou quão importante é a atuação do educador/ alfabetizador para  os estudantes avançarem na leitura, uma competência central no processo de alfabetização.

A articuladora municipal do Alfabetiza Tchê, Daiane Inês Rech, iniciou a formação explanando um breve histórico de programas formativos voltados à Alfabetização no município. Na sequência, foram apresentados os eixos de atuação do Alfabetiza, a partir de decretos e lei estadual e federal.

Evidenciado inclusive o decreto federal nº 11.556/2023 que sistematiza o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, tendo como objetivo principal implementar políticas, programas e ações para que as crianças brasileiras estejam alfabetizadas no final do 2° Ano, além de promover mecanismos de recomposição das aprendizagens com foco na Alfabetização.

 No segundo momento da manhã, aconteceu uma exposição da plataforma PARC – Parceria pela Alfabetização em Regime de Colaboração - utilizada pelos professores para acesso, instruções para aplicação, orientações do caderno do aplicador, instrumentos destinados a orientar quanto à condução da atividade avaliativa de fluência em leitura, prevista para acontecer nos períodos de 15 a 26 de abril de 2024, 26 de agosto a 6 de setembro e de 1º a 14 de novembro, nos 497 municípios do Rio Grande do Sul.

O teste de fluência, aplicado em estudantes dos segundos anos,  tem como objetivos  aferir o desempenho dos estudantes em processo de aprendizagem do código alfabético da Língua Portuguesa, aspecto fundamental para a alfabetização, e o desenvolvimento da compreensão de textos escritos; verificar a fluidez, a entonação, o ritmo, e a precisão com que as crianças leem, bem como sua compreensão do que foi lido; identificar, com base nos resultados, o nível de fluência em que cada estudante se encontra de modo que sejam desenvolvidas ações que considerem seu processo de alfabetização.

“Na avaliação de fluência, o aluno realiza a leitura de um conjunto de palavras, pseudopalavras (palavras inventadas) e um texto narrativo, todas gravadas por um aplicativo próprio no celular e a correção desta etapa diagnóstica é realizada pelo Centro de Apoio à Educação a Distância (CAED). O acesso aos resultados se dá, geralmente após dois meses, e permite ao professor identificar as dificuldades apresentadas por cada estudante e, consequentemente, buscar estratégias de ensino para que os mesmos possam avançar em seu processo de alfabetização, migrando, assim, para perfis mais elevados de leitura, visando o perfil de leitor fluente”, destaca a coordenação pedagógica da Secretaria de Educação, Daiane Inês Rech, Ani Cristina Vogt Staub e Fátima Wink Bohnen.

A articuladora municipal fez referência ao MDC - Material Didático Complementar, uma das principais ações do Alfabetiza Tchê. Este material, destinado aos professores e estudantes do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental, é composto por Livro do Professor, Livro do Estudante, Cadernos Literários e Cartazes, à luz do Referencial Curricular Gaúcho e às características regionais do território do Rio Grande do Sul. Esses kits, já distribuídos nas Escolas em março, contemplam o contexto cultural do RS, os cadernos literários possuem textos de autoria gaúcha, promovendo uma maior identificação dos professores e estudantes com o conteúdo e, assim, apoiando o processo de alfabetização.

Ainda foram analisados aspectos de resultados do SAERS – Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul, nos anos de 2022 e 2023, em Língua Portuguesa e Matemática, principalmente analisando percentuais por padrões de desempenho, classificados em abaixo do adequado, básico, adequado e avançado.

Em 2024, os alunos do 2º ano já foram avaliados em Leitura e Matemática pelas provas da Plataforma do Compromisso Nacional da Criança Alfabetizada, aplicadas no final de março e estes resultados também foram verificados, sendo que os estudantes foram identificados pelo nível de aprendizagem como defasagem, intermediário e adequado.

A partir dessa análise, tendo o município um considerável índice de estudantes de 2º Ano, professores partiram ao planejamento de estratégias pedagógicas, com foco na Língua Portuguesa e na Matemática, considerando o nível de desenvolvimento de seus alunos, a fim de melhorar esses indicadores.

O programa Alfabetiza Tchê também oferecerá prêmios no valor total de R$ 24 milhões ao final do ano, a partir dos resultados mensurados por meio do Índice de Qualidade de Alfabetização da Escola (IQAe), distribuídos em 400 premiações. As 200 escolas com os melhores índices receberão prêmios de R$ 40 mil a R$ 80 mil, enquanto as outras 200 escolas com indicadores menos promissores serão incentivadas com valores entre R$ 20 mil e R$ 40 mil.