Participaram da tertúlia pesquisadoras Portuguesas e idealizadoras do Centro de Investigação e Intervenção da Leitura (CIIL)
Às vésperas de completar um ano em que a Coordenadora Pedagógica da Secretaria de Educação de Sinimbu, Daiane Inês Rech, esteve em Porto/Portugal para participar do Curso de Formação da Alfabetização Baseada na Ciência - ABC, aconteceu a tertúlia, como chamam os Portugueses, um momento de reunir as pessoas para partilhar o que vem acontecendo no Brasil. De forma virtual, no dia de ontem, Daiane conectou-se ao grupo do Curso e apresentou o seu projeto de formação, aplicado aos professores e assessoria pedagógica da rede municipal de Sinimbu, desde março desse ano, no formato de PITCH, uma técnica que permite comunicar a proposta pedagógica desenvolvida de forma breve e objetiva.
Participaram da tertúlia, Pesquisadoras Portuguesas e idealizadoras do Centro de Investigação e Intervenção da Leitura (CIIL) como Ana Sucena, Ana Filipa Silva, Mariana Matos e Maria Jose Mata, ocasião na qual Daiane evidenciou Sinimbu, destacando que a formação “Alfabetiza Brasil” ocorre mensalmente, trazendo o diferencial de que as mesmas são realizadas nas salas de aula das turmas de 1º ano, oportunizando aos docentes, conhecer todas as escolas da rede municipal.
Conforme Daiane, “uma ocasião de explanar para colegas do Curso, de outros Municípios, e Estados, bem como aos formadores portugueses, a nossa proposta da capacitação docente em desenvolvimento. Diante das exposições apreciadas, posso tranquilamente dizer, que estou muito realizada como formadora, porque os nossos professores alfabetizadores vêm acolhendo cada encontro com muito entusiasmo e com um comprometimento admirável, todas engajadas, presentes e dispostas à busca, à pesquisa e ao compartilhar de novas ideias, novos materiais, o que enriquece a minha proposta de formação.”
O percurso formativo, em execução, faz a analogia de uma viagem de avião e está repleta de conexões que visam encantar alfabetizadores pela temática, aprofundada a cada encontro, para que estes se sintam acolhidos, seguros, importantes e necessários neste processo de “ressignificar” ideias, práticas e teorias dentro do processo de alfabetização e letramento, conhecido também pelo termo (literacia).
Nas etapas já experimentadas estão incluídas, desde a confecção do passaporte como forma do registro; a preparação das malas como sinônimo da organização do ambiente; o check-in como espaço para reflexões e ações; o cartão de embarque como a indicação do trajeto a ser percorrido; os anúncios e chamamentos no aeroporto como a intenção de que as leituras deleites aconteçam; o embarque como tendo o propósito do trabalho linear; a decolagem , como o tempo de estudos; as conexões para a confecção de jogos, uma forma lúdica de prender a motivação, a imaginação, a atenção, o raciocínio lógico e a concentração; a passagem na imigração, como ocasião para refletir sobre a avaliação; a observação às saídas de emergência da aeronave como forma de analisar as turbulências para que não se tornem sequenciais no percurso.
No próximo encontro formativo a ocorrer em 18 de outubro, na EMEF Nossa Senhora da Glória, as participantes viverão a fase do voo em que será necessário retirar a bagagem da esteira para que em novembro possamos chegar ao destino desejados: os territórios de leitura!
Nesta perspectiva, a formadora estima que “as marcas dessa formação sejam lembradas, tecidas, ressignificadas e vivenciadas no dia a dia de cada professor e de cada criança envolvida neste trabalho pedagógico, na defesa por uma infância feliz com os direitos de aprendizagem respeitados e garantidos. Pois vem sendo produzido um rico e eclético repertório de materiais pelas participantes, o que permitirá o uso disso nos próximos anos de atuação como alfabetizadoras, o que ampara e privilegia a docência nos planejamentos pedagógicos tão necessários, para que o aprendizado aconteça”, conclui Daiane Inês Rech.